Ilha do Bananal
Ilha do Bananal

Ilha do Bananal

A Ilha do Bananal, localizada no estado do Tocantins entre os rios Araguaia e Javaés, é a maior ilha fluvial do mundo, com cerca de 20 000–25 000 km². Classificada pela UNESCO como Reserva da Biosfera desde 1993 e reconhecida pela Convenção de Ramsar por sua importância como zona úmida, ela abriga uma incrível transição ecológica entre Amazônia, Cerrado e Pantanal.

A parte norte e nordeste protegida pelo Parque Nacional do Araguaia, gerido pelo ICMBio. O sul e oeste são terras indígenas (Javaé, Karajá, Tapirapés, Tuxás e Avá-Canoeiro) sob a Funai. A Mata do Mamão, no centro-norte, abriga os isolados Avá-Canoeiros—um dos poucos grupos no Brasil ainda sem contato externo.

Municípios que compõe a região
A região turística Ilha do bananal é composta pelos municípios de Formoso do Araguaia, Gurupi, Lagoa da Confusão e Peixe. Banhados pelos Rios Formoso, Urubu, Araguaia e Javaé, Lagoa da Confusão e Formoso do Araguaia são porta de entrada para a Ilha do Bananal e o Parque Nacional do Araguaia. Com topografia plana e grande quantidade de água, a área tem como característica a quantidade de alimentos, que atrai uma diversidade de aves típicas da região, além de aves migrantes.

■ PONTOS TURÍSTICOS

# 1 Parque Nacional do Araguaia
O parque está localizado no norte da Ilha do Bananal e abrange os municípios de Pium e Lagoa da Confusão. Foi criado para proteger os ecossistemas de transição entre o Cerrado e a Floresta Amazônica, proteger a área incluída como sítio RAMSAR (Áreas Úmidas de Importância Internacional). Proteger espécies endêmicas, raras, ameaçadas ou em perigo de extinção existentes na área, em especial: o pirarucu (Arapaimas giga), o cervo-do-pantanal (Blastocerus dichotomus) e espécies de peixes anuais, bem como aves. Garantir a conservação dos recursos naturais, promovendo a interação com as populações indígenas, que localizam-se na Área Indígena do Araguaia. Propiciar a educação ambiental visando melhor apreciação e compreensão pelo público.

# 2 Lagoa da Confusão
Uma grande lagoa rodeada de uma rica vegetação e praias de areias finíssimas, num permanente convite para seus momentos de lazer. No verão, que vai de junho a setembro, que esse cenário descortina variadas opções de lazer. É hora da pesca esportiva, dos passeios de barco, esportes náuticos e muito banho. A infraestrutura turística oferece boas acomodações, com hotéis, pousadas, restaurantes e bares, além de sua gastronomia à base de muito peixe, eventos culturais e competições esportivas. E pode ser visitada em qualquer época do ano.

■ COMO CHEGAR

1. Primeira etapa: chegar ao Tocantins
A partir de Palmas (capital do TO), é o caminho mais comum:

Avião até o Aeroporto de Palmas (Brigadeiro Lysias Rodrigues).

Ônibus ou carro alugado para os pontos de partida.

2. De Palmas a um ponto de acesso fluvial
a) Por Caseara
Rota: Palmas → BR‑153 → TO‑080 → TO‑336 → Caseara (às margens do Rio Araguaia)

A viagem dura cerca de 4 horas de carro (260 km)

De ônibus: há linhas regulares Palmas → Caseara, com frequências diárias.

b) Por Formoso do Araguaia ou Lagoa da Confusão
Rota por terra: Palmas → TO‑050 → TO‑255 → Formoso do Araguaia (≈300 km, ~4h de carro)

Lagoa da Confusão está a cerca de 230 km de Palmas

Estas rotas permitem acesso à parte norte da ilha via BR‑242/Transbananal

3. Travessia de barco até a ilha
A partir de Caseara: contrata-se barqueiros para atravessar o Araguaia até a ilha

A partir de Formoso/Lagoa da Confusão: passeio de barco ou canoa até os pontos de entrada da ilha

4. Transbananal/Transaraguaia (terrestre dentro da ilha)
Uma estrada de terra (BR‑242 “Transbananal”) percorre a ilha de leste a oeste, e outra (extensão da TO‑255 chamada Transaraguaia) pelo norte.

Importante: essas vias podem ficar intransitáveis durante o período chuvoso (out‑abr).

Na seca, há relatos de travessia possível de carro só durante esse período.

5. Documentação e regulamento
Para entrar nas áreas protegidas (Parque Nacional, Terras Indígenas), é obrigatório agendamento e autorização com ICMBio e FUNAI.

Recomenda-se contratar guias ou agências locais para garantir segurança, respeito cultural e logístico .

■ MAPA DA REGIÃO