Ministério do Turismo destina R$ 15 milhões para obras estruturantes em Angra dos Reis

Obras são parte da primeira etapa para transformar o local em polo turístico do Brasil e referência para o mundo

A tão sonhada recuperação turística de Angra dos Reis, cidade da região sul do estado do Rio de Janeiro, vai começar a sair do papel. Para isso, o Ministério do Turismo vai investir, inicialmente, cerca de R$ 15 milhões para intervenções estratégicas que vão beneficiar turistas, comerciantes e moradores. A expectativa é de que as obras desta primeira etapa comecem já no início de 2020.

Os recursos serão utilizados para a adequação e junção do Cais dos Pescadores e do Cais de Santa Luzia, na iluminação de monumentos históricos e nas construções do Píer da Costeirinha, do centro de convenções, do mirante da praia das Gordas, do polo cultural da Vila Histórica de Mambucaba e do centro de informações turísticas. As intervenções foram definidas após indicação da Fundação de Turismo de Angras dos Reis.

Outras melhorias estão programadas para uma nova etapa do projeto. Destaque para obras na BR 101, no trecho de acesso ao município; a construção de um complexo turístico na Marina do São Bento; reativação de trem de passageiros; usina de dessalinização de água; criação de estações de tratamento de esgoto; ampliação da pista do aeroporto; e a construção de um novo terminal de passageiros.

A escolha das obras ocorreu após força-tarefa coordenada pelo Ministério do Turismo, que contou com a participação de integrantes do Governo do Estado do Rio de Janeiro e da prefeitura de Angra dos Reis, em agosto deste ano. O grupo de trabalho detectou gargalos que têm travado o desenvolvimento do turismo na região. Além disso, a iniciativa faz parte do projeto do presidente Jair Bolsonaro de tornar o local um dos maiores polos turísticos do Brasil e também referência para o mundo, atraindo recursos para o país e preservando a fauna e a flora.

O plano de ação está numa matriz organizada em ações de infraestrutura, turismo, meio ambiente, segurança, política urbana, tecnologia e inovação. A ideia é envolver todas as áreas do governo federal que tenham ligação com os projetos a serem desenvolvidos no curto, médio e longo prazo.

De acordo com a última Pesquisa de Demanda Turística Internacional no Brasil, realizada pelo Ministério do Turismo, Angra dos Reis ficou entre as cinco cidades brasileiras que mais receberam turistas estrangeiros para o lazer. O local só ficou atrás do Rio de Janeiro (RJ), Florianópolis (SC) e Foz do Iguaçu (PR). O estudo também trouxe que nove em cada 10 turistas, quando visitaram o município, tinham como motivo de viagem o lazer, permaneceram em média cinco dias e gastaram cerca de US$ 66.

“Estamos empenhados em fortalecer a região por meio do turismo e seu potencial para gerar emprego e renda à população, sempre aliado à preservação dos recursos naturais. Queremos um projeto que ative, de fato, o potencial que Angra dos Reis possui para se tornar um dos principais destinos para os turistas de viagens nacionais e internacionais”, afirmou Marcelo Álvaro Antônio, ministro do Turismo.

TURISMO SUSTENTÁVEL – Um dos segmentos prioritários pelo Ministério do Turismo, a prática de um turismo responsável, além de envolver a sustentabilidade, considera e valoriza também a ética, a inclusão e o compromisso com os benefícios sociais que a atividade pode gerar. Um exemplo é o Mapa do Turismo Sustentável, ferramenta do MTur disponível em três idiomas, que serve como fonte de consulta para turistas nacionais e internacionais que buscam por esse tipo de experiência de viagem.

Além disso, está prevista no Plano Nacional do Turismo 2018-2022 a execução da Política Nacional de Gestão Turística dos Patrimônios Mundiais, uma das entregas dos 100 primeiros dias de governo. A iniciativa representa um marco na valorização e preservação dos patrimônios naturais e culturais do país. A Pasta também busca e incentiva o uso consciente e sustentável das áreas de preservação ambiental para atividades turísticas, inclusive promovendo a disseminação de boas práticas e o manejo adequado dos recursos naturais, alinhados com a inclusão social e a geração de emprego e renda nessas áreas.

Fonte: AScom / Min. do Turismo