Foz do Iguaçu passa a ter voos diretos e baratos para o Chile

Foz no Iguaçu, no Oeste do Paraná, tem agora voos diretos para Santiago, no Chile. A operação da companhia aérea low cost (baixo custo) Jet Smart começou na sexta-feira (03) com passagens mais baratas que as convencionais. São dois voos semanais, às quintas-feiras e aos domingos, com preço final a partir de R$ 299,00 por trecho, já incluindo as taxas.

A nova rota deve representar um bom incremento para o turismo da cidade. O primeiro voo de Santiago trouxe 146 passageiros a Foz do Iguaçu, cerca de 80% da lotação da aeronave Airbus A320. Em 2019, foram cerca de 2,4 milhões de embarques e desembarques no Aeroporto Internacional das Cataratas, de acordo com balanço parcial da prefeitura.

“É uma conquista importante para todo o Paraná porque Foz do Iguaçu é o nosso grande atrativo e a porta de entrada de visitantes estrangeiros no nosso Estado. Dali, eles podem aproveitar para conhecer as belezas de outras cidades paranaenses”, afirmou o governador Carlos Massa Ratinho Junior. “Com investimentos em infraestrutura e a divulgação do Paraná como destino turístico, queremos ampliar o turismo no Estado, uma forma barata de gerar emprego nos municípios”, disse.

Os voos entre Santiago e Foz do Iguaçu têm 2h20 de duração. Eles saem de Foz às 21h05 nas quintas-feiras e às 17h30 nos domingos. Na capital chilena as decolagens são às 17h30 na quinta-feira e às 17h45 nos domingos.

AVIAÇÃO – A operação da companhia aérea chilena se soma a outras conquistas na aviação paranaense no último ano, consolidando o Paraná como uma das maiores malhas aéreas do País. O programa Voe Paraná, lançado pelo Governo do Estado em 2019, retomou a aviação regional no Estado, com rotas operadas pela Gol ligando Curitiba a 10 cidades do Interior.

O Aeroporto de Guarapuava (Centro) foi reinaugurado e passou a receber um voo comercial semanal da Azul. A Latam também anunciou a abertura de 71 novos voos semanais no Estado. A companhia aérea Voepass (antiga Passaredo) também inicia nesta semana uma rota ligando Ponta Grossa, nos Campos Gerais, ao aeroporto de Congonhas, na cidade de São Paulo.

OUTROS DESTINOS – Do Aeroporto das Cataratas já saem voos diários para Lima, no Peru, operados pela Latam. Em dezembro, começou a operação da companhia boliviana Amaszonas, ligando a cidade paranaense a Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, com conexões para outros destinos nos países andinos, como Cusco (Peru), Iquique (Chile), e La Paz e Uyuni, também na Bolívia.

Ainda para este ano estão previstas novas rotas internacionais para Assunção (Paraguai), Montevidéu (Uruguai) e para a cidade do Panamá. A expansão da pista do aeroporto, que está em licitação e deve iniciar até o Carnaval, abre a possibilidade ainda de voos diretos para os Estados Unidos e para a Europa. Fruto de um esforço conjunto entre o Governo do Estado, governo federal, Infraero e a prefeitura, a pista terá um acréscimo de 600 metros e a obra deve custar R$ 70 milhões.

“Nossa meta para esta década é transformar Foz do Iguaçu no destino número um de turistas estrangeiros no Brasil”, projeta Gilmar Piolla, secretário municipal do Turismo, Indústria, Comércio e Projetos Estratégicos de Foz do Iguaçu. “Os novos voos já trouxeram bons resultados, com um aumento significativo de visitantes de outros países. Todos os nossos atrativos tiveram recorde de visitações em 2019, com destaque para as Cataratas do Iguaçu, que teve mais de 2 milhões de visitantes no lado brasileiro”, disse.

Para ele, o apoio do Governo do Estado é fundamental para resolver os gargalos da infraestrutura e atingir essa meta. “O Voe Paraná tem contribuído para incrementar as rotas domésticas do Estado. O Governo também deu um grande apoio no processo de ampliação da pista e é um aliado estratégico para emplacar a duplicação da Rodovia das Cataratas (BR-469)”, destacou Piolla.

PISTA – A atual pista do Aeroporto de Foz do Iguaçu, com 2.195 metros de comprimento por 45 metros de largura, é uma pista curta para a decolagem de voos de longa distância. Grandes aeronaves já pousaram no local, como o Boing 747 e o Concorde. O maior problema é na decolagem, já que aviões que percorrem longas distâncias precisam de pistas maiores. Hoje não é possível decolar com o tanque cheio, o que impossibilita voos diretos para os Estados Unidos e a Europa.

A nova pista terá 2,8 mil metros, 605 metros a mais que a atual. Além disso, será aplicada uma camada de revestimento de SMA, que dá um ganho de performance de 20% às aeronaves, o que permite autonomia de voos para locais como Miami, Nova York, Lisboa e Madri.

Fonte: AGÊNCIA DE NOTÍCIAS
DO PARANÁ