Foto: Divulgação / EMBRATUR

Diamantina

Diamantina teve sua formação com a descoberta e exploração do ouro em Minas Gerais, no século XVI e foi o maior centro de extração de diamantes do mundo no século XVIII. Diamantina teve papel importante na ocupação do interior do País. Diamantina preserva a história e a arquitetura do período de exploração de diamantes na região em seu Centro Histórico que foi reconhecido pela Unesco como Patrimônio Cultural da Humanidade em 1999. Os casarões e igrejas históricas são os principais cartões postais da cidade.

No conjunto arquitetônico, a cidade conta com monumentos significativos para a história da arte e da arquitetura no Brasil dos séculos XVIII, XIX e XX. O centro histórico de Diamantina também é dotado de excepcional beleza por sua composição com a Serra dos Cristais.

■ PONTOS TURÍSTICOS

# 1 Antiga Casa da Intendência
Edificado entre 1733 e 1735, como sede da Intendência dos Diamantes, passou a servir como escola a partir da segunda metade do século XIX. A construção possui escadaria de pedra (no acesso principal), cobertura de quatro águas, dez janelas no andar superior e nove no térreo. No interior do prédio, chama atenção o forro em gamela do salão do segundo pavimento. Nas demais dependências, os forros mais antigos são em saia-e-camisa.

# 2 Capela Nossa Senhora da Luz
Construída por iniciativas de uma portuguesa, Dona Tereza de Jesus Perpétua Corte Real, em cumprimento de uma promessa feita por ter se salvado do terremoto de Lisboa, em 1755. A construção, no entanto foi em época bem posterior estando concluída em 1819, conforme documentos que informam sobre a transladação da Arquiconfraria do Glorioso Patriarca São Francisco, da capela do amparo para a da Luz. A doação foi definitiva cinco anos mais tarde pela dona Maria Tereza. A dama portuguesa que erigiu a capela anexou à mesma um recolhimento e educandário para meninas órfãs. Quando Dona Tereza de Jesus faleceu em 1826 foi sepultada a entrada do templo. A capela da luz, como tantas outras, necessitou passar por várias reformas, porém manteve seu estilo apesar de algumas alterações.

# 3 Teatro Santa Izabel
O Teatro Santa Izabel foi construído em 1841 e foi aberto ao público no ano seguinte. O objetivo da criação dessa casa de espetáculos era a de aplicar as verbas no hospital da cidade, a Santa Casa de Caridade. Em 1912, o Teatro foi derrubado em favor de um novo teatro e cinema edificado na antiga rua Tiradentes, atual rua Direita, No local onde existiu o teatro, na Cavalhada Velha, houve a construção, pela municipalidade e pelo governo de Minas Gerais, da Cadeia Pública, retirando-a da área central da cidade.

# 4 Antiga Estação Ferroviária de Diamantina
A Estrada de Ferro Central do Brasil que ligou Diamantina a Corinto, a Curvelo, a Belo Horizonte e ao litoral, foi inaugurada em 1914. Este terminal ferroviário funcionou até o início dos anos 1970, quando teve os trens de passageiros desativados. Atualmente, o Corpo de Bombeiros da cidade ocupa o prédio e a estação marca o início da Trilha Verde da Maria Fumaça.

# 5 Igreja Nossa Senhora do Amparo
A conclusão da construção da capela data de 1776. Foi construída pela Irmandade dos Pardos do Arraial do Tijuco, possui altares trabalhados em estilo barroco-rococó, destacando-se o púlpito em forma de cálice e as imagens do século XVIII. Os trabalhos de acabamento e ornamentação são atribuídos ao pintor e irmão da ordem Silvestre de Almeida Lopes, tais como: a pintura, douramento da Capela e pintura dos dois altares do arco do cruzeiro (1796). Ao longo do século XIX passou por várias reformas, como a demolição da primitiva torre em 1813 que, por ser de pedra, causou danos à estrutura do edifício, sendo reedificada cinco anos depois.

# 6 Igreja de Nossa Senhora das Mercês
A edificação da Igreja de Nossa Senhora das Mercês teve início em 16 de março de 1778. A Irmandade de Nossa Senhora das Mercês foi criada em 1772, originada de uma cisão da Irmandade Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, da qual se desligaram os irmãos mulatos, com a resolução de constituírem nova irmandade.

# 7 Biblioteca Antônio Torres (Casa do Muxarabiê)
Erguida na segunda metade do século XVIII, com sacadas de treliças. Possui um rico acervo histórico com documentos e livros raros. Hoje biblioteca pública, exibe num dos balcões da fachada um raro muxarabiê original, treliça de influência moura que encobre a sacada e que servia para os moradores observarem a rua sem serem notados.

# 8 Mercado Velho – Centro Cultural David Ribeiro
O local pertenceu originalmente ao tenente Joaquim Cassimiro Lages que, em 1835, edificou um prédio para sua moradia e, ao lado, um rancho destinado ao comércio de tropeiros. Entre 1881 e 1884 gouve a desarticulação do local em decorrência da crise da mineração. Em 1889, ocorreu a construção deste Mercado Municipal para melhorar o melhor da comercialização dos produtos na cidade, bem como para melhor organização e modernização da rede urbana.

# 9 Casa de Juscelino Kubitschek
Casa onde Juscelino Kubitschek, ex presidente do Brasil viveu sua infância e adolescência na Rua São Francisco. A construção é de pau a pique, técnica construtiva típica do século XVIII. A casa foi transformada em museu e os cômodos abrigam biblioteca, objetos pessoais, fotos e os violões usados pelo político para participar das serestas.

# 10 Casa de Chica da Silva
O bonito solário foi residência da escrava Chica da Silva entre os anos de 1763 e 1771. A casa, que hoje funciona como sede do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Dentro do casarão é possível apreciar a coleção de quadros que retratam a rainha negra.

# 11 Igreja de Nossa Senhora do Carmo
Erguida entre 1760 e 1784, a igreja tem uma característica curiosa, a torre fica nos fundos da construção. O interior guarda altar folheado a ouro e órgão de 549 tubos.

# 12 Basílica Sagrado Coração de Jesus
O projeto de construção da Basílica do Sagrado Coração de Jesus segue o estilo neogótico e foi elaborado pelo Pe. Júlio Clévelin, que já havia projetado a igreja Nossa Senhora Mãe dos Homens, no Caraça. A Basílica foi construída entre 1885 e 1890. O material de construção foram pedras de cantaria à vista existentes na região. Em 1920, a igreja foi elevada à categoria basílica.

# 13 Igreja de São Francisco de Assis
O estilo predominante na Igreja de São Francisco, de 1775, é o rococó, os bonitos entalhes dos altares combinam madeira e ouro.

# 14 Museu do Diamante
O museu inaugurado nos anos 50 ocupa um casarão de 1749. O acervo reúne objetos dos séculos 17 a 19, como utensílios utilizados na mineração de diamantes, oratórios, armas, louças, obras de arte e mobiliário.

# 15 Catedral Metropolitana de Diamantina – Santo Antônio da Sé
A atual Catedral foi construída entre 1932 e 1938, em substituição à antiga igreja de Santo Antônio do Tijuco (construída por volta de 1750 e demolida em 1932), que se localizava no mesmo espaço, mas posicionava-se voltada para à rua Direita. Desta antiga igreja, nota-se a presença dos altares laterais que remetem ao estilo barroco e algumas peças avulsas.

# 16 Caminho dos escravos
Trata-se de uma trilha de 20 km com trechos de calçamentos feitos pelos escravos no século XIX ligando Diamantina ao distrito de Mendanha, que foi utilizado para o transporte de diamantes extraídos no rio Jequitinhonha. Conta com diversos atrativos naturais ao longo do percurso.

# 17 Parque Estadual do Biribiri
Parque Estadual Biribiri é uma reserva natural do estado de Minas Gerais. A entrada do parque na cidade de Diamantina, inserido no complexo da Serra do Espinhaço, reserva uma paisagem deslumbrante, com muito verde e cachoeiras. Faz parte do roteiro turístico da Estrada Real. A unidade de conservação tem cerca de 17 mil hectares.

■ COMO CHEGAR

De Carro:
Para quem vem de Belo Horizonte, acesso pela BR-040 (sentido Brasília), BR-135, BR-259 e BR-367.
Para quem vem de São Paulo, acesso pela BR-381 (Rodovia Fernão Dias).

De Ônibus:
A empresa Pássaro Verde possui ônibus partindo de Belo Horizonte e a Gontijo, da capital mineira e de São Paulo

De Avião:
Aeroporto Internacional de Confins
Endereço: LMG-800 Km 7,9 s/n, Confins – MG, 33500-900
Telefone: (31) 3689-2700

■ MAPA DA REGIÃO

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