Buenópolis fica no estado de Minas Gerais, em uma região conhecida como área dos grandes sertões popularizada pelo escritor Guimarães Rosa. Para os aventureiros e mochileiros, as Serras do Cabral e de Minas proporcionam um turismo ecológico e de aventura com paisagens, cachoeiras, nascentes e riachos que reúnem a beleza da natureza. Aos que vão de encontro à história, descobrem-na no conjunto arquitetônico do município de Curimataí, na arte rupestre das lapas da Serra do Cabral. Buenópolis permite aos turistas percorrerem diversos caminhos e a cada um deles encontrar um encantamento.
As cachoeiras, a nascente de água quente, as grutas com suas pinturas rupestres, as “sempre-vivas”, as formações rochosas e de vegetação da Serra do Cabral tornam o município único e privilegiado pela natureza.
O centenário conjunto arquitetônico e o curral de contagem de gado, as igrejas de Nossa Senhora do Carmo e Nossa Senhora da Conceição; a Capela de São Sebastião, o Sobrado da Fazenda do Riachão e o conjunto de casas e oficinas da antiga Estrada de Ferro Central do Brasil são edificações que contam aos visitantes a história de evolução da cidade e da própria história do Brasil.
■ PONTOS TURÍSTICOS
# 1 Igreja de São Sebastião
A Igreja São Sebastião foi construída, provavelmente, no início do século. Contudo, não existem referências exatas da época de sua construção. No início a Igreja pertencia à paróquia de Nossa Senhora da Conceição e servia ao, então pequeno, povoado de Buenópolis. Nesta época, a cidade de Buenópolis era muito pequena e restringia-se a pequenas casas situadas próximas à fazenda do Riachão. No período compreendido entre 1914 e 1921, foi implantada a Estrada de Ferro Central do Brasil (CFCB), que veio a impulsionar o crescimento da localidade.
Em função desse crescimento, por volta de 1926 o Padre da paróquia de Nossa Senhora da Conceição, em Curimataí, mudou-se para Buenópolis e, dessa forma, a Igreja São Sebastião, a única que existia, passou a ser a sede da paróquia. Em 1940, quando foram concluídas as obras da Matriz de Buenópolis, a Igreja São Sebastião cede sua posição a ela.
# 2 Igreja Nossa Senhora da Conceição
A Igreja Nossa Senhora da Conceição data de meados do século XVIII, entre os anos de 1760 e 1770. Os habitantes mais velhos da região creditam sua construção a um fazendeiro da região. A matriz de Curimataí foi construída logo no início da formação do povoado, defronte ao Córrego do Mocó (Riachinho), e era sede da Paróquia de Nossa Senhora até quando o Exmo. E Revmo. Sr. Dom Joaquim de Souza transferiu a sede da paróquia de Curimataí para Buenópolis. Hoje o distrito é formado por aproximadamente 300 casas, Igrejas, escola e posto de saúde e conserva suas características do início de sua ocupação.
Igreja é extremamente simples e lógica com um partido em cruz, com duas sacristias ao fundo ao lado da capela-mor. O forro da capela-mor possui pintura com motivos religiosos representando a coroação de Nossa Senhora. A torre; construída tardiamente, reflete uma situação comum aos povoados do século XVIII.
Ao longo dos anos, a Igreja sofreu inúmeras intervenções que foram alterando seu aspecto original. A primeira delas foi em 1908, para colocação da torre central, construída em madeira. Outras reformas aconteceram, onde podemos destacar as realizadas em 1921, 1943, 1978 e 1986. Mais recentemente, o forro de madeira da nave foi substituído por uma laje de concreto em “gamela” na forma do forro de madeira retirado. O forro da capela-mor foi desmontado e remontado, o assoalho de madeira foi substituído por ardósia e o enchimento entre o baldame e o solo, que era de pedras, foi trocado por alvenaria e cimento.
# 3 Estação da Rede Ferroviária Federal
Em 1910, com a vinda da Estrada de Ferro Central do Brasil, o engenheiro da Central, Pedro Dutra, dá início às obras da construção da Estação, que teve sua inauguração em 04 de setembro de 1914 e foi batizada como Buenópolis, em homenagem ao atual Presidente do Estado, Coronel Júlio Breno Brandão.
Devido à RFFSA, a cidade chegou a ser “ponta dos trilhos”, vivendo seu apogeu econômico, chegando a ser considerada a única cidade de Santa Luzia à Montes Claros com luz hidráulica e água de boa qualidade.
A história de Buenópolis está estreitamente ligada à da ferrovia. Até 1927, os trilhos iam só até a cidade. As boiadas que viam do norte de Minas e da Bahia passavam pelo meio das ruas, em direção ao curral de contagem e à estação de embarque, para serem transportadas para a Capital e o sul do país.
Atualmente a Ferrovia Centro Atlântica só transporta cargas e a estação encontra-se desativada.
■ CACHOEIRAS
# 1 Cachoeira da 2 Quedas
25m de largura, 4m de altura, 1,5m de profundidade, na parte mais profunda e 0,3m na mais rasa. A segunda queda tem 12m de largura, 1,5m de altura e 2m de profundidade, apresentado pedras de grandes dimensões. As duas quedas possuem água cristalina e temperatura média de 22°C, com grande volume de água. Cercadas por vegetação típica de cerrado, densa nas margens. Tipos: landim, coqueiro buriti, azeitona do cerrado e vinhático. Sem sinais de poluição.
# 2 Cachoeira Lapa da Água Fria
Lapa com 10 metros de largura, 15 metros de comprimento e 7 metros de altura, estando apoiada por um bloco de rocha de dimensões menores. Pinturas rupestres (desenho de veado) e, em alguns pontos, pinturas de difícil identificação das formas.
■ COMO CHEGAR
De Carro:
n/d
De Ônibus:
N/D
De Avião:
N/D