Em publicação lançada para celebrar o Dia Internacional das Florestas e da Árvore, observado em 21 de março, a FAO lembra que, em 2014, a cidade criou 2.657 hectares de áreas protegidas. Zonas públicas de vegetação já ocupam 7.495 hectares. Atualmente, 45,9% do território municipal está sob proteção legal.
Em publicação lançada para celebrar o Dia Internacional das Florestas e da Árvore, observado em 21 de março, a FAO elogia os esforços de conservação do município de Niterói, no estado do Rio de Janeiro. Agência das Nações Unidas lembra que, em 2014, a cidade criou 2.657 hectares de áreas protegidas. Zonas públicas de vegetação já ocupam 7.495 hectares. Atualmente, 45,9% do território municipal está sob proteção legal.
A FAO estima que em média, para cada niteroiense, existem 123,2 metros quadrados de florestas. A cidade tem cerca de 500 mil habitantes. De acordo com o organismo da ONU, trata-se provavelmente da maior proporção de zonas protegidas per capita em todas as regiões metropolitanas do Brasil.
A agência das Nações Unidas lembra que os esforços para ampliar e preservar a cobertura vegetal em Niterói aumentaram com a adoção do plano Niterói que Queremos, uma estratégia de desenvolvimento adotada em 2014 e com metas a serem cumpridas até 2033. Um dos objetivos era a criação de parques e outras áreas protegidas em 50% da área da cidade. O marco municipal foi fruto de um processo de consulta que teve a participação de 10 mil cidadãos em 2013.
Os avanços do município contrastam com o contexto estadual. Quando considerada a região metropolitana da capital, o Rio de Janeiro, da qual Niterói faz parte, a média de zonas verdes protegidas chega a apenas 16,5% do território.
Cidades precisam das florestas
Niterói é um dos exemplos analisados na publicação Florestas e cidades sustentáveis: histórias inspiradoras de todo o mundo, divulgada neste mês pela FAO. Para a agência da ONU, a criação de bosques e zonas verdes, bem como o plantio de árvores em regiões urbanas e no seu entorno trazem benefícios diversos — como o armazenamento de carbono, a redução da poluição do ar, a restauração de solos degradados e a prevenção de enchentes e secas.
Segundo estimativas do organismo internacional, em uma cidade de tamanho médio, árvores podem reduzir a perda de solo em cerca de 10 mil toneladas por ano.
A vegetação também pode conter elevações extremas de temperatura e mitigar os efeitos das mudanças climáticas. Quando plantadas adequadamente em volta de edifícios, árvores podem reduzir o uso de ar condicionado em 30%. Em regiões com clima mais frio, elas protegem residências do vento, contribuindo para economias de energia de 20 a 50% com aquecimento.
Em Lima, no Peru, o reflorestamento foi usado como estratégia para prevenir deslizamentos de terra. Desde 2015, um projeto plantou 3,5 mil árvores nativas em 14 hectares da capital, transformados em um parque com mirantes, trilhas e espaços de lazer.
Até 2050, quase 70% da população mundial viverá em centros urbanos. Embora as cidades ocupem apenas 3% da superfície do planeta, elas consomem 78% de toda a energia produzida no mundo e emitem 60% de todo o gás carbônico liberado na atmosfera.
Fonte: Agência ONU de NOTÍCIAS